sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Cuidados com a tatuagem no verão

Cuidados com a tatuagem no verão



Cuidados com a tatuagem no Verão
O verão é sinônimo de calor, ar livre, praia, piscina, descanso e férias. Um período muito convidativo para que as pessoas fiquem expostas com roupas mais curtas, tanto para diminuir o calor como também para aproveitar melhor o sol da estação mais quente do ano.
No entanto, essa exposição maior deve ser feita de forma cuidadosa, afinal, tomar sol em excesso e sem proteção é a maior causa de envelhecimento precoce e de câncer de pele, o tipo mais incidente de câncer no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA)
Saiba um pouco sobre o câncer de pele e alguns fatores já conhecidos que aumentam os riscos:
Compleição: O câncer de pele é mais comum em pessoas de pele, cabelos e olhos claros.
Genética: Ter um histórico familiar de melanoma (um problema nas células que produzem pigmento da pele) aumenta o risco de ocorrência desse câncer.
Idade: O câncer de pele é mais comum após os 40 anos.
Exposição solar e queimadura do sol: A maior parte dos cânceres de pele ocorrem em áreas da pele que estão regularmente expostas à luz solar ou à outra radiação ultravioleta. Esta é considerada a principal causa de todos os cânceres de pele.
Fique atento! Apesar destes fatores acima serem os mais conhecidos, o câncer de pele pode surgir em qualquer pessoa, tanto em pessoas de pele, cabelos e olhos escuros, como em pessoas mais novas e saudáveis!
Por isso se investe, cada vez mais, em campanhas e divulgação de informações com foco em conscientizar a população da necessidade de proteção por meio do uso de chapéus e outros acessórios que diminuam a incidência direta dos raios solares, da divulgação dos melhores horários para se tomar sol e, principalmente, com a reiteração da importância do uso de filtro solar. Este deve ser adotado como hábito cotidiano, já que, mesmo em dias nublados, de 40 a 60% dos raios nocivos conseguem atravessar as nuvens.
Cuidados com a tatuagem no Verão

O sol e as tatuagens


Para pessoas com tatuagem, além de todo o cuidado relativo a saúde, a proteção solar adequada significa uma maior duração do brilho das tatuagens. O sol pode ser considerado um verdadeiro inimigo dos desenhos, pois faz com que estes percam o brilho, desbotando mais rapidamente e antecipando a volta ao estúdio para retoques.
Uma explicação exata do efeito do sol nas tatuagens é a dada pela doutora Carolina Marçon, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Durante a exposição ao sol o corpo produz melanina, que é um pigmento natural que ‘compete’, digamos assim, com a cor da tatuagem e com a radiação e não tem jeito: os componentes da tinta depositada na pele podem escurecer ou amarelar”.
O tatuador Fabio Satori complementa dizendo que “O sol tem o mesmo poder de quebrar os pigmentos da tatuagem na pele, assim como o raio laser. A diferença é que o laser é um raio concentrado em um único ponto, por isso a remoção de tatuagens com o laser é mais rápido. Porém, em longo prazo, os raios de sol exercem praticamente a mesma função. Por isso que quem toma mais sol, como surfistas, por exemplo, tem as tatuagens mais desbotadas do que as tatuagens de quem não costuma tomar tanto sol”. Segundo ele, os filtros usados durante a exposição ao sol devem ter fator de proteção maior que 30, enquanto o fator 15 basta para o dia a dia.
Cuidados com a tatuagem no Verão

Hidratação


Mas não é só o filtro solar que vai garantir uma tatuagem mais bonita por mais tempo. Outro aliado dessa busca é o hidratante para a tatuagem. Isso porque a hidratação garante a retenção de água na superfície da pele, o que faz com que ela se mantenha elástica e brilhante por mais tempo. E é essa pele saudável que vai carregar a tatuagem e garantir um melhor aspecto a ela.  É importante salientar que o uso de hidratante não dispensa o uso do filtro solar, pois cada um desses produtos apresenta uma eficácia especifica. Já existem, no mercado, hidratantes com proteção solar, mas não é consenso entre os dermatologistas que esse produtos consigam atender às duas demandas de forma completa (a hidratação e a proteção solar).

Pra quem vai fazer tatuagem no verão


Cuidados ainda maiores são exigidos de quem resolve se tatuar nessa época do ano. Os corpos expostos podem aumentar a vontade de se ter um desenho à mostra, mas essa estação é a menos recomendada pra se fazer uma nova tatuagem. Para os recém-tatuados, o sol é um inimigo que precisa ser evitado durante todo o primeiro mês após se fazer a arte, e, nesse caso, nem o uso de protetor solar ajuda. O ferimento, que é a tatuagem, precisa de cuidados que garantam sua cicatrização e evitem assim reações alérgicas ou marcas indesejadas.
Para Átila Soares, tatuador do estúdio Led’s, de São Paulo, “O pior inimigo da tatuagem é o sol. Um desenho na pele é fácil de se escurecer. Mas clarear um desenho que foi escurecido pelo sol é uma missão impossível para qualquer tatuador”. Já Luís Berbert, tatuador do estúdio carioca Banzai Tattoo alerta que “durante o processo de cicatrização, não é recomendado expor a tatuagem aos ambientes com bactérias, como areia e mar, ou ao cloro de piscinas”. E, segundo o dr. Renato Rössler, membro da Sociedade Brasileira de Estética Médica (SBEM), “A falta de atenção com a nova tatuagem pode provocar um tipo de reação inflamatória ocasionada pela presença de corpos estranhos que penetram na pele.”
Cuidados com a tatuagem no Verão
A relação entre as tatuagens, o verão e o sol não precisa ser necessariamente de ódio. Afinal, é nessa estação em que até os menores desenhos ficam mais visíveis, contribuindo para deixar ainda mais bonita a paisagem ensolarada. Tudo é permitido e, com cuidados simples, garante-se que as tatuagens permaneçam bonitas por várias estações.
Fontes: UOL | Globo | Terra | ABC MED | Antonela | Minha Vida

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A História da Tatuagem

Há mais de 3500 anos atrás, a tatuagem já existia como forma de expressão da personalidade ou de indivíduos de uma mesma comunidade tribal (união de pessoas com as mesmas características sociais e religiosas). Os primitivos se tatuavam para marcar os fatos da vida biológica: nascimento, puberdade, reprodução e morte. Depois, para relatar os fatos da vida social: virar guerreiro, sacerdote ou rei; casar-se, celebrar a vida, identificar os prisioneiros, pedir proteção ao imponderável, garantir a vida do espírito durante e depois do corpo.


Na era Cristã, na clandestinidade, sob o jugo do poder pagão, os primeiros cristãos se reconheciam por uma série de sinais tatuados, com cruzes, as letras IHS, o peixe, as letras gregas. Na era moderna, a tatuagem passou por vários anos de marginalidade. Ela retorna a ser questão de relevância em nossa sociedade quando surge em artistas de música, cinema, e em pessoas comuns.

Deixando de ser um símbolo de marginalidade, e sim uma forma de expressão individual de arte e estética do corpo, a tatuagem não é mais tosca como as de cadeias, e sim um desenho de traços mais finos e cores variadas.

No Brasil, o precursor da tatuagem moderna foi um cidadão dinamarquês chamado Knud Harald Lucky Gegersen, conhecido popularmente como Lucky, ou Mr. Tattoo. Chegando por aqui em 1959, Lucky se estabeleceu em Santos-SP, utilizando seu talento e suas técnicas de desenhista e pintor profissional.

Lucky teve uma participação real no mundo da tatuagem brasileira. Os tatuadores chegam a dizer que por mais imperfeita que seja a tatuagem de Lucky, ela vale muito, pois foi graças ao dinamarquês que o Brasil entrou no mapa da tatuagem moderna. Lucky foi notícia em vários jornais, e em 1975 o jornal O Globo o considerou o único tatuador profissional da América do Sul, sendo sua morte noticiada no Jornal 'A Tribuna" de Santos do dia 18 de dezembro de 1983. Por um bom tempo Lucky continuou sendo o único, até que começaram a aparecer, aos poucos, os seus seguidores, que herdaram dele as técnicas e a arte de fazer tatuagem.

Apesar de toda sua história, o conceito de origem independente se adequa a tatuagem, pois ela foi inventada várias vezes, em diferentes momentos e partes do Mundo, em todos os continentes, com maior ou menor variação de propósitos, técnicas e resultados.

Os Tipos de Tatuagem

Tradicional (tatuagem de marinheiro): São aqueles desenhos tradicionais, como uma âncora ou uma gaivota, aliás, os marinheiros foram os grandes divulgadores da tatuagem pelo mundo.

Sumi: técnica oriental que utiliza bambu au invés de agulha. Geralmente os desenhos são ricos em detalhes.

Realista: desenhos que imitam o mundo real, como mulheres, pássaros e personalidades.

Estilizada: como o próprio nome já diz, são desenhos estilizados.

Alto relevo: muito difundida entre os índios. A pele é dissecada formando desenhos com uma infinidade de cores, praticada principalmente por aborígenes, de origem africana.

Belfaro Pigmentação: a maquiagem definitiva, como delineador, batom, etc.

Celta: desenhos de origem celta com figuras entrelaçadas. Pode ser preta ou colorida.

Tribal: desenhos em preto ou coloridos com motivos tribais. Podem ser desenhos de tribos norte-americanas, haidas, maias, incas, astecas, geométricas ou abstratas.

Oriental: trabalhos grandes, geralmente de corpo inteiro, como um painel. Os desenhos são com motivos orientais, como samurais, gueixas e dragões.

Psicodélicas: trabalhos supercoloridos com desenhos totalmente senseless.

Religiosas: trabalhos com personagens bíblicos, como um santo, uma cruz, etc.

Bold line: desenhos das histórias em quadrinhos com traços bem largos e cores berrantes.

Branding: tatuagem marcada a ferro e fogo.

Como São Feitas as Tatuagens

As tatuagens são feitas com pigmentos importados de origem mineral, principalmente, e com agulhas específicas para tatuar, sempre descartáveis e nunca reutilizadas (mesmo que seja na própria pessoa).

As máquinas elétricas, preferencialmente, devem ter a ponteira de aço inox cirúrgico e/ou descartáveis, devem ser limpas por ultra som e esterilizadas com estufa a uma temperatura igual ou superior à 170 º C por um período de pelo menos 3 horas.

Os aparelhos de barbear utilizados para depilar o local da tatuagem não devem ser reaproveitados.

O tatuador deve usar luvas e máscara para procedimentos, para evitar uma possível infecção ou até a contaminação por doenças como hepatite, AIDS, tuberculose, esporos patogênicos, bactérias e fungos.

A limpeza do ambiente é fundamental afim de se evitar a contaminação cruzada.